A Aldeia de Castelo Mendo
é uma povoação muito antiga, implantada sobre um maciço granítico, a
756m de altitude, um ponto de defesa estratégica, de acessibilidade
reduzida, rodeada por uma paisagem agreste e recortada, e a leste e a
sul pelo rio Côa.
Começou por ser um castro neolítico, que inicialmente se transformou num "pidum" romano, seguindo-se num castro lusitano, que por sua vez foi
convertido numa fortaleza durante a reconquista cristã, como base de
ocupação militar e de centro político e administrativo.
Os vestígios de presença humana nesta região datam da Idade do Bronze e
da época Romana, estando a Aldeia rodeada de muralhas reconstruídas no
séc. XII, com seis portas medievais.
A maioria dos típicos edifícios da Aldeia, de dois andares, destinando-se o piso térreo ao gado, e o piso superior a habitação, construídos com Granito, bem como muitas aldeias Beirãs vizinhas.
A maioria dos típicos edifícios da Aldeia, de dois andares, destinando-se o piso térreo ao gado, e o piso superior a habitação, construídos com Granito, bem como muitas aldeias Beirãs vizinhas.
Muito
famosa era a sua Feira Medieval, provavelmente a primeira feira oficial
do País, ordenada pelo Rei D. Sancho II.
A verdadeira origem do nome "Castelo Mendo" continua incógnita, pois há
quem considere que a primeira povoação tenha surgido na "baixa".
Pensa-se que a terra não se chamaria, inicialmente, Castelo Mendo, mas
teria sido assim baptizada com o nome do seu primeiro alcaide "Meenedus
Menendi", que foi último a assinar o primeiro foral concedido por D.
Sancho I, em 1229.
" No subconsciente local ainda hoje se mantém vivo o alcaide D. Mendo
Mendiis que tinha por função tomar a si a defesa do castelo que lhe
tomou o nome : Castello Menendo. Numa parede do velho tribunal está
aplicada uma gárgula a que o povo denomina de «o Mendo». (...) a menda,
esta encontra-se em parede fronteira ao edifício do Tribunal e
Porta de D. Sancho que ostenta orgulhosamente, na sua base, o símbolo
heráldico d’El Rei que lhe deu o foral".
São "(...) símbolos anatómicos do homem, desse herói povoador que desbravou Riba Côa na convicção de afirmar Portugal, unindo-se conceitualmente ao sonho de um rei!..."
São "(...) símbolos anatómicos do homem, desse herói povoador que desbravou Riba Côa na convicção de afirmar Portugal, unindo-se conceitualmente ao sonho de um rei!..."
(Borges, Mouzinho, Castelo Mendo: o sonho de um rei, Câmara Municipal de Almeida, 1998)
Castelo Bom
Castelo Bom foi incorporado no território português com o Tratado de Alcanizes, no reinado de D. Dinis, recebendo, deste monarca, o foral em 1296, revogado também em 1510 por D. Manuel I
É uma antiga localidade leonesa, situada junto ao rio Côa, a cerca de 10 minutos a oeste de Almeida, com vestígios de arquitectura medieval, com contrastes entre habitações humildes e nobres.
Podemos constatar ainda a presença de elementos decorativos do barroco nas fachadas de alguns edifícios.
Foi vila e sede de Concelho durante mais de quinhentos anos.
Actualmente tem tem 25,28 km² de área e contabiliza 216 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 8,5 hab/km².
Do primitivo castelo medieval que defendia a linha do Côa não restem grandes vestígios.
A freguesia é constituída por dois núcleos populacionais, a aldeia de Castelo Bom e uma anexa, a Aldeia de São Sebastião.
Parte da zona de Freineda-Gare, na qual se inclui a antiga estação
ferroviária, localiza-se ainda dentro dos limites da freguesia.
O rio Côa constitui o limite ocidental da freguesia com as localidades vizinhas Mido, Castelo Mendo e Senouras. Castelo Bom confronta ainda com
Vilar Formoso e São Pedro de Rio Seco a leste, Freineda a sul, e Naves,
a norte.
A rocha predominante na freguesia é o chamado granito amarelo, que
serviu de matéria-prima para a maior parte das construções do povoado,
incluindo o próprio castelo e as cinturas de muralhas.
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